Na Reunião de Câmara de 9 de Abril, os Vereadores do PS foram confrontados com uma documentação não
incluída nos assuntos agendados e que dava conhecimento, através de uma carta
enviada pela Associação Juvenil Casa Nossa Senhora da Assunção, da sua disponibilidade
para assumir a gestão do CAT.
Durante a leitura do documento e enquadramento da situação, os
Vereadores ficaram a saber que para além
desta instituição, também teria sido recebida na Câmara Municipal, há mais de
um ano, uma outra carta em parceria entre o CBESA e a Santa Casa da
Misericórdia, que propunha a gestão do CAT conjuntamente.
A Presidente de Câmara, aquando da fase de esclarecimentos, prestou
alguns esclarecimentos, em que, entre outras coisas, quase assumia a assunção
da entrega desta infraestrutura a uma das duas entidades interessadas.
Os Vereadores do PS mencionaram que era prematuro realizar a
votação, pois não tinham todos os dados necessários para uma votação e escolha
consciente de entre as duas propostas apresentadas. Por essa razão, propuseram
uma Reunião conjunta entre as respectivas direções e o executivo camarário para
que essa escolha pudesse ser mais racional e fundamentada.
Na presença dos dois vereadores a tempo inteiro, e com a
Presidente de Câmara já ausente da sala por fazer parte da Associação Juvenil
Casa Nossa Senhora da Assunção como Presidente da Assembleia, viram
inviabilizada a proposta pela recusa dos membros do PSD.
Ora, o que estava em causa era saber qual das propostas seria
a mais credível. Por um lado, a parceria entre o CBESA e a Santa Casa da
Misericórdia de Arronches, ambas Instituições já com décadas de tradição no
nosso concelho e com provas dadas; por outro, uma Instituição recentemente
criada e da qual não tinham conhecimento de atividades desenvolvidas até ao
momento.
Por colocarem todas as instituições em pé de igualdade, e
quererem saber qual apresentava mais garantias de um bom desempenho, os
Vereadores do PS consideravam fundamental ouvir os seus projetos e discuti-los
abertamente.
Nada mais errado, pois foram pressionados a proceder à
votação, e a fazê-la apenas considerando a carta enviada pela Associação
Juvenil Casa Nossa Senhora da Assunção.
O que importa reter é que os Vereadores do PS nunca tiveram
conhecimento destes factos e apenas perante muita insistência foram tendo
informações, de forma gradual.
O que os preocupa é a forma premeditada, a forma pouco
esclarecida, como este processo foi conduzido.
Por considerarem o CAT e a sua gestão um assunto de extrema
importância para o Concelho, e pela incerteza que todo o processo lhes
suscitou, o seu voto foi a abstenção.
Acham também que esclarecer os Vereadores deve de ser uma
obrigação do executivo e que votar em consciência os assuntos relevantes um
dever que todos devem respeitar.
Infelizmente assim não aconteceu, nem tem acontecido.