sábado, 28 de abril de 2012

DISCUSSÃO DA ENTREGA DO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO (CAT) NA REUNIÃO DE CÂMARA DE 9 DE ABRIL DE 2012

Na Reunião de Câmara de 9 de Abril, os Vereadores do PS  foram confrontados com uma documentação não incluída nos assuntos agendados e que dava conhecimento, através de uma carta enviada pela Associação Juvenil Casa Nossa Senhora da Assunção, da sua disponibilidade para assumir a gestão do CAT.
Durante a leitura do documento e enquadramento da situação, os Vereadores ficaram  a saber que para além desta instituição, também teria sido recebida na Câmara Municipal, há mais de um ano, uma outra carta em parceria entre o CBESA e a Santa Casa da Misericórdia, que propunha a gestão do CAT conjuntamente.
A Presidente de Câmara, aquando da fase de esclarecimentos, prestou alguns esclarecimentos, em que, entre outras coisas, quase assumia a assunção da entrega desta infraestrutura a uma das duas entidades interessadas.
Os Vereadores do PS mencionaram que era prematuro realizar a votação, pois não tinham todos os dados necessários para uma votação e escolha consciente de entre as duas propostas apresentadas. Por essa razão, propuseram uma Reunião conjunta entre as respectivas direções e o executivo camarário para que essa escolha pudesse ser mais racional e fundamentada.
Na presença dos dois vereadores a tempo inteiro, e com a Presidente de Câmara já ausente da sala por fazer parte da Associação Juvenil Casa Nossa Senhora da Assunção como Presidente da Assembleia, viram inviabilizada a proposta pela recusa dos membros do PSD.
Ora, o que estava em causa era saber qual das propostas seria a mais credível. Por um lado, a parceria entre o CBESA e a Santa Casa da Misericórdia de Arronches, ambas Instituições já com décadas de tradição no nosso concelho e com provas dadas; por outro, uma Instituição recentemente criada e da qual não tinham conhecimento de atividades desenvolvidas até ao momento.
Por colocarem todas as instituições em pé de igualdade, e quererem saber qual apresentava mais garantias de um bom desempenho, os Vereadores do PS consideravam fundamental ouvir os seus projetos e discuti-los abertamente.
Nada mais errado, pois foram pressionados a proceder à votação, e a fazê-la apenas considerando a carta enviada pela Associação Juvenil Casa Nossa Senhora da Assunção.
O que importa reter é que os Vereadores do PS nunca tiveram conhecimento destes factos e apenas perante muita insistência foram tendo informações, de forma gradual.
O que os preocupa é a forma premeditada, a forma pouco esclarecida, como este processo foi conduzido.
Por considerarem o CAT e a sua gestão um assunto de extrema importância para o Concelho, e pela incerteza que todo o processo lhes suscitou, o seu voto foi a abstenção.
Acham também que esclarecer os Vereadores deve de ser uma obrigação do executivo e que votar em consciência os assuntos relevantes um dever que todos devem respeitar.

Infelizmente assim não aconteceu, nem tem acontecido.

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